terça-feira, 5 de maio de 2009

Um sapo agarrado numa cerveja


fotografia: Rafael Vilela ( www.flickr.com/photos/rafaelvilela )

No teclado está meu eu.
O visor também sou eu.
Agora é assim, todos sou eu e eu não sou ninguém.
O real é o virtual.
Mas o virtual não existe e o real é vazio.
Delícias do mundo atual:
Café sem cafeina, cerveja sem álcool e creme sem gordura.
Assim é meu virtual, descafeinado e não alcólico.
Um gordo que não engorda.
Eu sou todos e não sou nada.
Mas navego num espaço infinito, eu sou Livre!!!
No comercial da cerveja uma garota encontrou um sapo que
um beijo o transformou num principe.
O principe beijou de tal forma que ela transformou-se numa cerveja.
Eu sou isso:
Um principe sem afeto, um sapo.
Uma garota com gosto, uma cerveja.
No virtual eu sou um principe e você a bela,
fora do virtual eu sou apenas um sapo agarrado numa cerveja.

poesia: César Félix

Nenhum comentário:

Postar um comentário