sexta-feira, 27 de março de 2009

A experiência no trabalho com educação Indígena

Por ocasião de um convite feito por Leonardo - Werá Tupã (liderança guarani indígena) e acordado com a Secretaria de Educação do Governo do Estado de Santa Catarina, trabalhei por dois anos (2005 e 2006) como professor da Escola Indígena de Ensino Fundamental Itaty, situada na aldeia guarani do Morro dos Cavalos, município de Palhoça.

Devido ao preconceito contra sua língua, as crianças Guaranis utilizam dois nomes, um em português, para comunicação com os não índios e outro em Guarani, o de suas preferencias, escolhido de acordo com sua personalidade.

No plano central estou eu, camisa vermelha, ao meu lado o Dunga (Werá Mirin)
Logo abaixo, também em pé: Karaí e Karaí Poty (Eládio)
Abaixados: Vanderlei (Karaí), Paulinho (Karaí Ju) e Rodrigo (Kuaraí Mirin)
Sentados: Cláudio (Kuaray mirin) e Cláudio Silveira (karaí Tukubó Mirin)

Delicados como trovão
Foi um sonho tão delicado quanto o trovão,
tão intenso quanto o silêncio,
tão nobre quanto o beija flor.
Queríamos palavras e os deuses nos deram imagens,
queríamos falar, mas de nossos dedos saltavam palavras.
De nossos passos estalavam folhas, de nossas brincadeiras
ruminaram cores que o relâmpago desenhou no céu.
Queríamos contar a dor de nosso povo,
mas de nossas flexas voavam versos.
Nos calamos e nosso silêncio bastou,
disse o que queríamos dizer.
para crianças guaranis
César Félix

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